Lugar X parte do poema de Alexis Pauline Gumbs para refletir sobre os mecanismos de extração de valor dos corpos, dos ecossistemas, da vida, das relações. O extrativismo marca com um X o lugar do tesouro. Neste momento, já não há nenhum lugar, corpo, ou forma de vida por marcar. Este projeto pretende criar mapas ficcionais dos lugares aonde não queremos ou onde não podemos voltar, porque já não há nenhum tesouro para extrair, nem nenhum prazer para descobrir. E, ao mesmo tempo, investigar ações de camuflagem para criar narrativas com pistas falsas, que apagam vestígios, sobre o que ainda queremos e podemos preservar. Lugar X é sobre os gestos para permanecermos vivos, apesar da e na devastação; as ações que recriam, convocam e lembram a vida. Como se cria corpo das ruínas? Como somos corpo de restos, de fantasmas, de dívidas e de assombros?