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Seguindo um estilo de encenação que tem sido característico do TEATRO SO, “SOMBRAS” propõe uma reflexão sobre o mundo emocional de uma vítima de violência doméstica. Sendo o teatro de rua por natureza acessível e popular, a direção artística, contudo, sempre optou pela abordagem de temas de difícil teor de entretenimento e socialmente estigmatizados, procurando trazer uma dimensão pedagógica e redentora. Nas duas peças anteriores – “SOMENTE” e “SORRISO” – os temas da solidão e velhice dão expressão a um espetáculo interventivo, promovendo a reflexão no público, por via da poesia visual. Estes temas, que são assim resgatados à arena sociológica, são encenados sem palavra e entregues ao público que a eles tem acesso por via de uma coreogra a melodramática onde a gramática das emoções vence a eloquência do texto. É justamente neste contexto que é agora trazido a cena “SOMBRAS”, um trabalho que resulta de uma longa pesquisa envolvendo casas de acolhimento, conversas com psicólogos e vítimas. As ações teatrais foram construídas a partir de experiências relatadas. Ao invés da representação da violência, optamos por exprimir as emoções e ações íntimas da vítima. “SOMBRAS” pretende ser uma abordagem intimista, anterior ao exame moral, fazendo do público testemunha involuntária daquilo que não tem lugar na rua: o desconsolo e o desespero de uma vítima.
A abordagem de um tema tão delicado como este, num ambiente de espetáculo de rua, executado em andas e com um exuberante guarda-roupa é também o exorcismo de um velho tabu, de que “entre marido e mulher não se mete a colher”. No meio da rua, “SOMBRAS” é a proposta de um itinerário emocional que visa a redenção pessoal e a reconquista de si mesmo. O TEATRO SO? acredita num teatro de rua de intervenção social, reflexivo e humanista e crê por isso que é dever do entretenimento ser educativo e sensibilizador.
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